É incrível o poder da bebida de dar coragem a alguém tímido. Com apenas uns goles a pessoa cria uma coragem que nunca teve e vai dançar com quem esta afim, e acaba ate chegando na pessoa.
Isso acontece com as pessoas tímidas... Comigo não... Eu não preciso da bebida pra ter coragem de dançar com um cara, nunca precisei e nunca vou...
Após 40 minutos perdida em Niterói, 30 bebendo cerveja e fumando na varanda do amigo e 1 hora se arrumando pra uma festa de 15 anos, eu já não tinha mais esperança nenhuma sobre a festa, não iria pegar ninguém, afinal só tinha novinho...
Quando cheguei à festa imediatamente fui recebida pelos donos da festa, o choque e a admiração ficaram estampados no rosto do meu antigo diretor do teatro...
“Manu! Você esta linda! A cara da sua tia”
Me elogiarem e falarem que pareço com minha tia é costume já... Assim com a típica resposta dela “que nada, essa aí é pior que eu”, as pessoas pensam que ela ta brincando, só após umas horas eles percebem que toda brincadeira tem seu fundo de verdade.
Fui toda simpática falar com o resto do pessoal, e é quando vejo um antigo ator do teatro que eu não conhecia, advogado... E olho pro lado... Tem namorada... Ate parece que o fato dele namorar me impede de pegar, mas como só a minha tia sabia da minha natureza vadia e eu tenho (tinha) uma boa imagem no teatro, deixei quieto...
A festa continuou, fiquei dançando com o pessoal, ate que uma amiga chega e me fala: Manu! O bruno ta encantado com você...
Minha tia estava do meu lado e viu meu sorriso de malicia e não deixou tempo deu responder nada, ela já saiu falando “faz isso não Manu, a namorada dele é gente boa”
Não pude dar mole pra ele, sendo que ate parece que eu o queria de verdade, só tava querendo dar uma de escrota.
Fui ao bar e fiquei conversando com o advogadozinho e fumando, sem deixar olhar de forma provocante, é claro. Mas como alegria de pobre dura pouco, o carinha do bar veio pedir minha identidade, e graças a minha simpatia, fiz amizade com o cara do bar, ele caprichava nas doses e ainda descobri ate o nome do pai dele.
Tava começando a ficar alegre, mas ainda tava perfeitamente bem, como tava com sono decidi voltar pra mesa e sentar... Tava o meu diretor sentado na mesa, e fui dar uma de revoltadinha “eu não acredito que me pediram identidade pra beber!” fui e puxei um cigarro de dentro da bolsa e dei um trago. Nem preciso falar a reação do diretor, e nem deu tempo de escutar ele falando algo surpreso, minha tia me puxou e falou “a namorada do bruno ficou falando muito tempo com o meu namorado de um jeito não muito legal”, essa foi minha deixa pra ser escrota, já tava querendo mesmo, e a vadia mexeu com a minha família.
Confesso que eu estava com muita saudade de dar uma de escrota e tinha esquecido o poder que meu olhar tinha, foi apenas olhar para ele que ele começou a dançar mais longe da namorada. Uma outra amiga foi e puxou a futura corna pra dançar e assim me deixou sozinha com ele, eu confesso que cheguei a ter pena dele, ele se segurou muito, porque a vontade que ele tava de me beijar estava estampada no rosto dele, isso tudo porque eu estava dançando um pouco afastada, mas ao perceber a vontade dele, fui dançar mais provocante e perto dele e como resposta “minha namorada ta aqui, a gente marca outro dia...” e fugiu. Voltei a beber, e quando vejo ele volta e me da o seu cartão com o numero do celular dele e pedindo pra ligar pra marcar. Obvio que não vou ligar...
A festa terminou comigo bêbada, sem achar minha tia e pensando que ela tinha me largado, o advogado me contando que meu amigo (dono da casa que eu ia dormir) estava passando mal de bebida e o povo tava socorrendo ele. Achei o povo, fiquei sentada na porta do club bêbada, vendo o povo cuidar do viado bêbado e fumando com a namorada do advogado no maior papo...
Depois de não sei quanto tempo fomos para a casa do viado e ele para o hospital, já estava sóbria, mas.... continuei bebendo e falei o que não tinha que falar...
Quando o viado chegou, todos fomos dormir e eu dormi na cama dos pais dele, com ele... sendo que o quarto parecia de motel, vidro no teto e tudo... mas era com ar condicionado e era o único jeito de não morrer de calor...
Durante a manha, todo mundo comendo e comentando sobre a capacidade do meu primeiro olhar para o advogado.
ps: i need you @
domingo, fevereiro 07, 2010
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16:50.